Por Gerson Carlos Tiburcio e Cláudio Cavalcante
Na escola de ensino integral, tudo é possível, além do que se possa imaginar.
Mas em se falando em trabalho coletivo dentro das unidades escolares, quando a equipe faz um trabalho contextualizado, quem ganha são os filhos da classe trabalhadora. Mas vamos falar da construção da nossa eletiva Saúde, bem-estar e sustentabilidade, que aos poucos foi ganhando o seu corpo com as orientações dos professores Claudio e Gerson, num trabalho contextualizado junto aos estudantes.
A proposta da nossa eletiva é fazer um trabalho de realização para além das muralhas da escola, ou seja, falando de saúde, bem-estar, beleza e sustentabilidade.
No início dos nossos trabalhos, é claro, nada se constrói sem uma boa base de alicerce seguro e confiável. Nesse caso, em nossa forma de averiguar o conhecimento prévio dos alunos componentes da nossa eletiva, fizemos um trabalho diagnóstico, em que, sob o próprio olhar do alunado, foi possível perceber que o foco maior da eletiva seria desenvolver o trabalho no campo psicopedagógico, olhando para a saúde emocional — muitas vezes, nem os próprios educadores a têm na hora em que mais precisam, ou seja, para o controle emocional dos alunos quando eles necessitam.
Com o desenvolvimento desse projeto, verificamos que muitos estudantes têm familiares que atuam na área da saúde e, em nosso primeiro Conselho de pais e mestres participativo, foi-nos sugerido por mães de alunos que seria interessante colocarmos pessoas que trabalham na área da saúde e beleza para enriquecer ainda mais nossos trabalhos, que era o que os estudantes comentavam com eles em casa. Após esse contato, saímos em busca de parcerias para nos ajudar nessa empreitada.
Fizemos uma prévia antes da culminância, que contou com a presença dos organizadores da unidade escolar, Emerson e William, e que, para os estudantes envolvidos nessa eletiva, foi um encanto.
E quando falamos “um por todos, e todos por um”, que bom seria se fosse essa a ideologia aplicada nos projetos que são desenvolvidos em inúmeras escolas públicas que atendem os filhos das famílias que mais precisam aprender. Mas quem sabe algum dia esse barco seja mesmo empurrado pelos braços da maioria daqueles que dizem ensinar o que realmente os estudantes precisam aprender.
Cidadania também só se aprende na prática, com um grupo organizado empurrando um só barco na mesma direção. Que bom seria se realmente fosse todos por um e um por todos!
Minibiografias
Cláudio Cavalcante – Formado em História e Geografia, com Licenciatura Plena em ambas as áreas, é professor da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Gerson Carlos Tiburcio – Habilitado em Geografia, História, Pedagogia e Psicopedagogia, é professor da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.