Tradução e adaptação de Ronaldo Campos
Quando Caitlin Clark deixou o basquete universitário para se tornar jogadora profissional, levou consigo o habito de quebrar recordes. A ex-destaque da Universidade de Iowa — e maior artilheira de todos os tempos na história do basquete da NCAA (National Collegiate Athletic Association) – assinou com a Nike o contrato mais bem pago do basquete feminino, supostamente avaliado em US$ 28 milhões para uma temporada de oito anos.
No entanto, mesmo assinando um contrato milionário com a Nike e com outras empresas, como a Gatorade, a State Farm e a Gainbridge, Clark não conseguiu estar entre os 50 atletas mais bem pagos do mundo em 2024 — na verdade, nenhuma mulher o fez. A atleta mais bem paga em 2023 foi a polonesa Iga Świątek que arrecadou cerca de US$ 23,9 milhões em ganhos totais, pouco mais da metade dos US$ 45,2 milhões necessários para se classificar entre os 50 atletas mais bem pagos no ranking de 2024.
Serena Williams foi a única mulher entre os 50 atletas mais bem pagos do mundo no ano passado. Na última década, ela apareceu seis vezes na lista dos 50 atletas mais bem pagos do mundo e deixou de ser elegível por ter se aposentado. Apenas três outras mulheres chegaram ao top 50 desde 2012 — as tenistas aposentadas Maria Sharapova e Li Na, bem como Naomi Osaka que aumentou seu portfólio de patrocinadores e atingiu um pico estimado em US$ 60 milhões anuais.
A expectativa é que esse cenário mude nos próximos anos. A Deloitte estima que a receita total combinada dos esportes femininos atingirá 1,28 bilhões de dólares este ano, superando em 300% a última projeção de três anos.
Não só nos esportas, mas em todas as áreas as mulheres devem ganhar o mesmo que os homens. Apesar da enorme diferença, se somado o ganho de todas as atletas, ele dobrou nos últimos três anos, segundo Justin Birnbaum, redator da Forbes. Porém, ainda falta muito para que passem a ganhar o mesmo que os homens. Felizmente, há empresas que já acordaram e decidiram patrocinar algumas atletas. Além de Clark, outras jovens estrelas começam a brilhar. São elas: Angel Reese e Cameron Brink na WNBA (Women’s National Basketball Association), Nelly Korda e Rose Zhang no golfe, Świątek, Coco Gauff e Aryna Sabalenka no tennis.
Estamos de olha e na torcida por mais esta conquista feminina!
Fonte: Forbes, 16/05/2023
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