Por Isabel Cristina Ramos de Oliveira
Contexto inspiracional – reunião científica de cuidados integrativos – Hospital Sírio Líbanes – pelas mãos amorosas de Plínio Cutait
Dos fatos, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) o Brasil é detentor da população mais ansiosa do mundo, além disso integra o grupo dos mais populosos, e ainda está entre os maiores PIBs.
Dos pensamentos, e daí? Com todo respeito aos números que tratados viram estatísticas, que viram notícias, que com sorte servem para alguma ação pública, qual a vantagem dessa contabilidade se no final das contas tudo o que homem ignora não existe para ele. Via de regra o discurso posto é o do cansaço, e diante disso, abraçamos essa muleta para não querer saber, e com isso justificar toda e qualquer ignorância, logo, estamos rasos e, paradoxalmente, empoderados por um saber líquido e volátil.
Das provocações, queremos turistar na Lua, mas mal sabemos respirar no planeta que habitamos (você tem por hábito fazer exercícios respiratórios conscientes?), queremos falar várias línguas, mas sequer sabemos identificar os sentires que nos visitam, somos analfabetos emocionais em nossa língua mãe.
Das possibilidades, com a inspiração e expiração conscientes, abrimos caminho para a estrada que nos conecta ao coração, e assim ao ouvirmos a sonoridade ritmada que ele ecoa tem-se o florescer da lembrança de que há um pulsar, logo, uma possibilidade iminente de que a vida pode ser muito mais do que a simples manifestação de sinais vitais, ela pode ser experiência manifesta e compartilhada.
Da inspiração, Susan Andrews, gentilmente tem trazido à público a questão do contentamento como uma possibilidade mais palpável de bem-estar. Conta-nos que em tempos longínquos a palavra felicidade não tinha o protagonismo atual, e ainda menciona o cientista Richard Davidson que apresenta o entendimento de que felicidade é uma habilidade que pode ser aprendida, portanto, pede prática, repetição, constância.
Do convite, vamos renunciar aos rankings, mas se isso for realmente um parâmetro racional indispensável, que seja estabelecida uma aritmética mais democrática e inclusiva eis que permitirá que se contabilizem sim as dores, mas também todos os despertadores de alegria e amorosidade que são integrantes do nosso DNA, e com isso até podemos ir à Lua, mas dessa vez para hastear a bandeira de planeta integral, eis que habitado por espécies que acolhem o sofrimento e a alegria, a ansiedade e o contentamento, o frio e o calor, a noite e o dia, assim completando em sua inteireza a missão da troca nesta jornada material.
Da conclusão, não conclusiva, se de fato somos a resultante do que repetidamente fazemos, que um tropeço na rua, um beijo estalado ou um abraço apertado sejam gatilhos para a prática desmesurada do satisfazer-se com o que está posto sem deixar de almejar a abundância, já que o intuito não é acumular, mas gozar e compartilhar.
Isabel Ramos | LinkedIn
GESTÃO DE NEGÓCIOS | FACILITAÇÃO EM TREINAMENTOS DE LIDERANÇA
INTELIGÊNCIA DE MERCADO | COMPORTAMENTO | ESCRITORA