Por Ronaldo Campos
As bets — apostas esportivas on-line — vem crescendo rapidamente no Brasil. Elas nada mais são do que jogos em que se aposta algum valor com a intenção de receber um prêmio. Claro que sempre existe o risco de errar o palpite e, consequentemente, perder o dinheiro da aposta.
O catálogo dos esportes é bem variado e entre eles estão o futebol, o basquete e o tênis. Também estão disponíveis esportes menos tradicionais, como corrida de galgos, xadrez e e-sports. As principais plataformas são: bet365, Betano, KTO, Sportingbet, Betfair, F12.bet, Galera.bet, Betmotion, Betway e LeoVegas. Para vencer é necessário acertar os resultados dos jogos. Não só os resultados dão direito aos prêmios, como também outras variáveis, tais como, no caso do futebol, o nome dos jogadores que marcaram gols, os expulsos e o número de cartões aplicados.
Atualmente, muitas bets são patrocinadoras de times de futebol (essa modalidade esportiva detém 81% das apostas). São 25 times, sendo que 20 deles disputam a série A do Campeonato Brasileiro e chegam a gastar R$ 209 milhões por temporada. Os maiores contratos são: R$ 27,5 milhões do Botafogo com a Parimatch, o São Paulo recebe R$ 27 milhões da Sportsbet, o Cruzeiro recebe da Betfair R$ 25 milhões e o Vaco recebe da Pixbet R$ 22 milhões.
Todo cuidado é pouco para que as apostas não se tornem um pesadelo. A primeira dica é equilibrar a emoção com a capacidade financeira. Jogadas compulsivas é um sinal de que alguma coisa está errada e limitar o valor da aposta é outro fator importante. O ideal é separar uma quantia e não ultrapassá-la em hipótese alguma. E, por último, nunca tente recuperar o dinheiro perdido. Esse é o principal gatilho para o vício.
Claro que, como tudo na vida, sempre se pode fazer um mau uso das coisas: um carro, que é um meio de transporte, pode ser utilizado para matar outra pessoa; uma faca, que serve para cortar alimentos, pode ser utilizada para ferir alguém e assim por diante. Com as bets não é diferente! Isto é, tudo que se desvirtua de seu objetivo principal, de sua essência, e que ultrapassa o bom senso, torna-se potencialmente maléfico. A ideia central é mostrar que a prática controlada desse jogo pode trazer, sim, além do entretenimento, outros benefícios neurológicos e psicológicos aos jogadores que são moderados e conscientes.
Jogar com moderação e consciência é um excelente entretenimento. Aprendemos a ter mais paciência, a entender os sinais psicológicos e a ganhar e perder. O mesmo acontece com os jogos virtuais, ou seja, há diversos aprendizados e lições de autoconhecimento: quais são os nossos limites e reações diante das mudanças bruscas de cenários, quais são as estratégias e raciocínios que adotamos para vencer e superar as dificuldades impostas pelo sistema etc.
Afinal, sabemos que nem sempre vamos ganhar, mas tirar lições sábias das derrotas talvez seja o maior aprendizado de todos.