EXTRAÍDO DA ZINE “Tânatos corpos
Quantos deixei para habitar este hoje”
EM TANTOS MOMENTOS
Quero fazer esses que amo contentes
não iludidos
pela falsa sensação de que tudo é sempre belo
E nesses tantos momentos
sinto-me impotente
diante do sofrimento
de quem amo
Porque não posso fazer nada
A não ser desejar que tudo passe
E tudo passa
Caminhamos pelos dias
E seguimos
Há dias em que aceito tudo: emprego, transporte,
comida…
Há dias em que choro
E há dias em que questiono
Por que caminho tão rápido
se o que quero nem mesmo está para o lado que
vou?
Onde eu fico
Onde eu fiquei
Com medo
de um dia olhar para trás e me perguntar
Será que a minha vida falhou?