Tons de medo, vidro meu escudo
Fito seus lábios todo o tempo
Tempo, vento, tanto tempo, tento, invento, penso…
Quando vi já era outubro

Desdenho!
Já planei por tantas nuvens e voar pra mim é refletir meu riso na sua íris
Reinvento
Junto os cacos, volto pra arena e com os pés descalços aterro, sem crise

Retorno, entorno, reforço o contorno da sua tatuagem
Disfarço, desfaço, descaso do meu oásis
Me insisto, me degolo, me enrolo, me imploro
Pode crê, sou camicase!

Eu me
Eu te
Eu não
Eu só
Eu tão
Eu faço
Eu deixo

Eu alto de baixa estatura
Eu sangro eu subo a montanha
Eu largo a corda eu desço
Eu cresço eu apareço
Eu mereço mais que seu apreço

Preço?
Quanto mais te conheço
De graça eu te gosto
Quanto mais eu padeço
De graça eu te roubo

Eu bolo não enrolo
Eu foco não te olho
Eu bebo orgulho
Escrevo eu surto, doce, letal efeito

Nóis quis assim, melhor assim
Desse jeito sem jeito
Sem nome, sem tempo
Sem chão, sem ar sem vento, eu plano

Meu plano?
Não tem
Mas aí quando chegar a terça
Me diga que vem?

Share: