Por Arthur Meucci e Flávio Tonnetti
Amor, Existência & Morte
O amor permanece como o sentimento mais importante do mundo contemporâneo. E, apesar de todas as desilusões e angústias do homem moderno, só é possível afirmar isso, pois em todas as relações humanas significativas que encontramos, ou que possamos conceber, verificamos sempre a existência do amor.
Se fosse possível congelar nossas vidas e resumi-las em um único momento, como uma fotografia daquilo que fomos, e se, além disso, nos fosse possível escolher qual seria este momento, é certo que escolheríamos um momento de afeto: um momento em que amamos ou em que fomos amados. Nessa síntese de nossas lembranças a vida se resumiria em um momento amoroso.
Dificilmente alguém escolheria, para eternizar sua existência, um momento de brigas ou de decepções. Para lembrar o que foi sua vida é mais provável que escolhesse o momento do primeiro beijo, do primeiro emprego, do primeiro filho ou da grande realização de um sonho: aproximações amorosas e afetivas daquilo que desejamos.
E se nos perguntassem qual a coisa mais importante de nossas vidas, escolheríamos aquela em que o amor é a maior presença. Para nós, mais importante é aquilo que amamos. E é o amor, ainda hoje, aquilo que primeiro nos define.
Miniensaios de Filosofia, volume: Amor, Existência & Morte, capítulo I, editora Vozes, 2013.
Arthur Meucci
Bacharel, Licenciado Pleno e mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo, doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Extensão em Filosofia do Cinema pelo COGEAE/PUC. Possuí formação em Psicanálise; Professor Adjunto da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Flávio Tonnetti
Bacharel e mestre em Filosofia pela USP, doutor em Educação pela mesma instituição, com tese sobre educação e tecnologia.
Professor da Universidade Federal de Viçosa.
contato: [email protected]