Por Gustavo de Oliveira
No ano de 1979, a música pop mundial estava prestes a conhecer uma nova perspectiva de produção e funcionamento. Off the Wall, o quinto álbum de estúdio de Michael Jackson, lançado naquele ano, foi um ponto-chave na carreira do artista. Mas também foi algo que transcendeu a cultura musical como um todo. Foi a partir desse disco que Michael começou a trilhar o caminho que o tornaria conhecido como o “Rei do Pop”.
Tudo isso começou com uma parceria que nasceu no ano anterior. Em 1978, Michael estava gravando o filme O Mágico Inesquecível, em que ele conheceu o lendário produtor musical Quincy Jones. Com a ajuda de Quincy, o cantor pretendia se afastar da sonoridade juvenil do grupo Jackson 5 (ao qual Michael pertencia, junto de seus irmãos) e dar um passo além para criar uma identidade particular e experimentar novos ritmos e sons.
Essa fusão, junto com a parceria de nomes como Louis Johnson, David Foster e Paulinho da Costa, resultou em uma obra que combinava características de pop, disco, funk e R&B. Além disso, também estabeleceu novos padrões de valor de produção musical e sonoridade no ambiente do mainstream. Um dos principais pontos de Off the Wall são suas composições. Como o álbum é composto de faixas originais e covers, a voz de Michael consegue explorar uma grande diversidade de temas musicais, mas que mesmo assim seguem uma coesão, apesar de suas diferenças.
O álbum começa com “Don’t Stop ‘Til You Get Enough”, uma música que faz parte do imaginário popular (inclusive, no Brasil, já foi utilizada como vinheta de programa de TV). Outro destaque é “Rock with You”, que marcou a transição de Michael para um território artístico mais adulto e que explora temas como sexualidade e experiências amorosas. Além das músicas de destaque, Off the Wall contém clássicos menos conhecidos, como “Working Day and Night” e “She’s Out of My Life”.
Off the Wall foi além do impacto de um álbum. Ele é um marco na evolução de Michael Jackson como artista e uma obra que continua a influenciar gerações. A produção meticulosa de Quincy Jones, a habilidade de Jackson como intérprete e a diversidade musical do álbum são testamentos duradouros do talento desses artistas que vão permanecer para a eternidade.
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Gustavo de Oliveira
Graduando em Jornalismo pelo Centro Universitário Carioca e técnico em administração. Redator desde 2018 com experiência em música e jogos.